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Que havemos de fazer? Convertei-vos…

No passado fim de semana, entre 3-5 de março reuniram-se em Fátima, na casa Provincial das Irmãs FNSV, alguns elementos da Associação AIW, para a realização do seu retiro anual.

Vindos de Abação, Aveiro, Coimbra, Oliveira do Hospital, Portalegre e Trancoso, todos traziam um desejo, uma inquietação, uma vontade para escutar, para subir ao monte, descalçando as sandálias, entrar na tenda do encontro e escutar a voz do Pai que tudo transforma e renova com o seu amor. “Este é o meu Filho muito amado, escutai-O”.

Ajudados pelo Sr. Padre Joaquim Domingos Luís, dos Padres do Verbo Divino, fomos interpelados a refletir na bondade da criação e a partir do Salmo 138, reconhecer as nossas qualidades, limitações e defeitos. Esta bondade da criação de Deus para com o homem chama-o à Vida, à Fé e a uma vocação específica: a Santidade. A vida é uma graça, um dom, manifestação do Amor de Deus por cada um dos Seus filhos. A Fé é um encontro pessoal com Cristo, Aquele que dá sentido à nossa vida. Mas todos os chamados têm uma vocação comum: ser Santos. Os santos do quotidiano, os santos “do pé da porta”. Como discípulo missionário, a que me sinto chamado? Sou feliz naquilo que faço? O evangelista S. Marcos, cap.1,15, interpela-nos dizendo: “Arrependei-vos e acreditai no evangelho”. O arrependimento é um caminho que se faz numa adesão à pessoa de Jesus Cristo. Pelos sacramentos de iniciação cristã somos levados a aderir a Cristo, porque a adesão implica conversão, metanoia, mudança de rumo. Implica uma consciência liberta de medos, de preconceitos, uma consciência sacrário da presença de Deus no meio de nós. Assim aconteceu na vida de Mary Wilson. Deixou-se transformar por Deus convertendo-se à fé católica, numa profunda adesão a Cristo. Um desafio lançado, um convite à conversão, Atos, 9: A que me tenho de converter hoje?

Sem a ação do Espírito Santo nada é possível, Ele é o protagonista da missão. A Igreja nasce no dia em que o Espirito desce. Esta vinda é a plenitude de toda a ação cristã. O Espirito Santo é a alma da fé da Igreja. Encontramos também os mediadores, aqueles que ajudam na conversão. Ananias foi o mediador na conversão de Paulo. O mediador conduz as pessoas a Jesus.  Em Maria encontramos este modelo de mediação, de Fé, porque colaborou ativamente no plano de Deus, através de uma obediência ativa, criativa… A virgem do silêncio, porque se predispõe a escutar a Palavra e é obediente à Palavra. Maria é apresentada como modelo de caridade. Perante a urgência da missão, Maria põe-se a caminho ao encontro de Isabel. O verdadeiro cristão só faz experiência com o ressuscitado no encontro com o irmão. Em Mateus 25, 31-46 podemos experienciar a alegria do encontro com Jesus no irmão sofredor. Foi-nos lançado o desafio: em que medida é que Maria é para mim modelo missionário? E ainda: que importância teve Maria na vida da Ir. Wilson e que importância tem para as Irmãs hoje?

Estes foram alguns dos conteúdos que nos ajudaram a parar para silenciar barulhos, abater orgulhos, a deixar cair as escamas dos olhos, para ver melhor o caminho a seguir neste tempo de Quaresma, a refletir sobre atitudes menos corretas, para podermos descer ao nosso quotidiano muito mais capazes a fim de enfrentar as adversidades com coragem de quem se quer preparar para o encontro com O Ressuscitado.

A todos quantos nos proporcionaram estes tempos de reflexão e nos ajudaram com a sua partilha de experiências e nos ofereceram a sua disponibilidade, o seu acolhimento, o nosso bem-haja.

Por Conceição Figueiredo de Sousa

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