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Doar a nossa vida, livremente, a exemplo do Mestre

A vivência da semana santa, chamada a semana maior foi muito fecunda para as Irmãs juniores do ano de preparação para a Profissão Perpétua. E acreditamos que assim também o foi para toda a Igreja e todo o povo santo de Deus.

Tivemos a graça de participar de muitas cerimónias e orações em comunhão com a Igreja particular do Patriarcado de Lisboa.

Começamos com o Domingo de Ramos, louvando o Senhor junto com os fieis leigos, na Cúria Geral, em Apelação, Loures.

Participamos da santa Missa Crismal na Sé Catedral de Lisboa, presidida pelo Sr. Patriarca Dom Rui Valério que na sua homilia dirigiu-se com muito amor e precisão aos aproximadamente trezentos sacerdotes que ali estavam. Disse que o sacerdote é chamado a ser mensageiro de esperança para aqueles que precisam, são chamados a serem luz para iluminar o mundo. O sacerdote é aquele que não se cansa, mesmo cheio de limitações precisa estar sempre pronto a doar a vida por amor. Somos consagrados para os outros, não para nós mesmos. Por isso, temos a missão de cuidar das almas, de ir ao encontro das pessoas, não ficar à espera que as pessoas venham. E fazer tudo isso com humildade, com os sentimentos de Jesus Cristo, facilitando que as pessoas se aproximem de nós, pois o orgulho afasta as pessoas.

O Tríduo Pascal foi todo celebrado na Paróquia Nossa Senhora da Encarnação, Apelação, onde tivemos a graça de participar da santa Missa da Ceia do Senhor, na qual o Senhor deu-nos o exemplo de uma Igreja em saída e em comunhão e ao serviço humilde e despojado, pois Ele mesmo saiu da mesa, deixou o manto e pôs-se a lavar os pés dos seus discípulos. Tivemos a oportunidade de fazer adoração ao Santíssimo rezando pelos sacerdotes e pelas vocações na Quinta feira santa. Foi um momento fecundo rezarmos Laudes e a Via Sacra pelas ruas da nossa Freguesia com as comunidades neo-catecumenais, e nos deixar contagiar com o entusiasmo delas neste encontro com o Senhor.

Toda a vivência do Tríduo Pascal nos convidou a anunciar Jesus Cristo, a levar a Palavra de Deus e um consolo às pessoas, sobretudo as que mais sofrem. Como Jesus fez, fomos impelidas a fazer também, amar e servir, visitar os doentes, dar pão a quem tem fome, escutar as pessoas, numa palavra viver a máxima: Eu vim para servir e não para ser servido. E ficamos muito edificadas ao celebrar a Páscoa numa Paróquia com fieis de diversas culturas, diversos países, mas todos em comunhão, em participação e em missão, como aprendemos no Sínodo.

Uma frase fez-nos arder o coração, aquela que o sacerdote reza na hora da Consagração na Eucaristia: “Estando para ser entregue, abraçando livremente a Paixão, Jesus tomou o Pão”… significa que nós também precisamos entregar a nossa vida, e livremente, por amor e vocação, dispostas a gastá-la toda e até ao fim pela salvação do mundo, como fez Jesus.

E ao celebrarmos a Páscoa do Senhor, neste ano santo do Jubileu da Redenção, eis que celebramos também a Páscoa do nosso amado Papa Francisco. E os ensinamentos dele estão vivos nos nossos corações. Ele nos faz caminhar com grande amor por Cristo, pela humanidade e por toda a criação, nos ensinou a respeitar a dignidade das pessoas e a ir ao encontro de Jesus com alegria, e a levar o seu perfume numa Igreja em saída. Com ele aprendemos a ter uma relação muito forte com Maria: “Temos Mãe”! Por isso, confiamos-lhe a nossa vida, a nossa vocação e a nossa missão, para que sejamos fiéis na resposta ao chamamento de Deus e façamos sempre a vontade do Pai todos os dias da nossa vida.

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