De 21 a 26 de agosto várias Irmãs da Congregação estão a participar do Curso de Missiologia, na Consolata, em Fátima.
Dentre vários conteúdos desta semana, partilhamos os Princípios para a Interculturalidade e Missão, dados pela Professora Diana de Vallescar:
1. A natureza, o ambiente e a cultura interagem para moldar o nosso cérebro e influenciar o comportamento e a expressão da fé, de forma única;
2. A vida intercultural é um desafio para ser enfrentado e gerido adequadamente;
3. A vivência intercultural é intencional e baseia-se no pressuposto da fé apoiada no diálogo e nas competências de comunicação e relação interculturais;
4. As experiências transformam a mente, o cérebro e o corpo. Pelo que a abertura à diversidade e às diferenças se adquire pela prática, pelos relacionamentos e pelo treino intercultural;
5. A vida intercultural requer motivação, curiosidade, técnicas, fé e opera uma transformação pessoal;
6. Nao é fácil, nem romântica, também não é desejável nem necessária, para muitas pessoas;
7. A boa vontade não chega para viver na missão intercultural. Requer um compromisso conjunto e um trabalho contínuo para a aquisição de visão, preparação, virtudes, para que não domine um único estilo cultural nas comunidades;
8. Qualquer pessoa que assuma um ministério ou serviço relacionado com os outros, ou causas como a igualdade de género, idade, étnica-cultural, religiosa, etc. defronta-se com as dificuldades e desafios da vida intercultural;
9. A interculturalidade requer mediação cultural, intervenção e um processo de criação e transformação;
Para refletir: Quando te relacionas com pessoas de diferentes culturas, qual é o maior desafio, frustração ou problema com que te defrontas?( Responda, por favor, da forma mais personalizada possível)
É preciso uma conversão pessoal para viver a interculturalidade. É preciso humildade e gratidão para acolher o diferente de mim. A gratidão é uma postura diferente de se colocar diante das diversas culturas. Interculturalidade é todos nós fazermos esforço para nos percebermos mutuamente. Não querer escutar o mesmo tom de voz, mas treinar-se a escutar sons e línguas diferentes.
Deus abençoou a diversidade. Ele criou a diversidade humana, terrestre e cósmica.
Matamos a diversidade, quando alguém fala de modo defeituoso o portugués, e nós o impedimos de falar. É mais importante querer comunicar com o outro, do que falar tudo certo.
“A Igreja não tem portas, para que todos possam entrar…sem excluir nenhum” (Papa Francisco, Fátima, 5 de agosto de 2023)
Quais portas temos fechado em nossas vidas para não deixar entrar as pessoas?
Interculturalidade e missão se constroem a partir de opções de vida.
É necessário preparar-se para viver a diversidade, se não a vida se torna uma “panela de pressão” cheia de dispersão, dificuldades, problemas, conflitos e crises. Algumas áreas chaves a considerar são: a língua, a religião, os costumes e as tradições.
O cristianismo nascente foi marcado por trajetórias plurais.
O certificado da interculturalidade foi emitido pelo Espírito Santo em Pentecostes. Todos se entendiam…há algo superior que nos une, mais que as línguas.
Como São Paulo somos chamados a ser mediadores das culturas diferentes para saber conduzir as comunidades, buscar a harmonia entre os povos.